A Partilha da Terra Prometida: A Conquista de Canaã e a Distribuição das Doze Tribos
O “Mapa de Canaã – Porções das Doze Tribos” representa um dos momentos mais significativos da história de Israel: a conquista e divisão da Terra Prometida entre os descendentes dos filhos de Jacó, os patriarcas das doze tribos. Após a libertação do Egito, os 40 anos no deserto e a liderança de Moisés, coube a Josué a tarefa de conquistar Canaã e organizar sua distribuição conforme a promessa feita por Deus a Abraão (Gênesis 15:18–21; Josué 13–21).
Contexto Histórico: Conquista e Estabelecimento
Após cruzarem o rio Jordão e tomarem Jericó, o povo de Israel iniciou a campanha militar de conquista da terra. Sob o comando de Josué, os israelitas enfrentaram cidades fortificadas, alianças tribais cananeias e reis poderosos. A vitória sobre Ai, a destruição de Hazor e as batalhas do sul e norte de Canaã consolidaram a presença israelita.
Com as principais resistências derrotadas, iniciou-se a partilha da terra — um processo ordenado, liderado por Josué, Eleazar (o sacerdote) e representantes das tribos.
A Distribuição das Porções Tribais
O mapa revela como o território de Canaã foi dividido entre as doze tribos:
- Judá recebeu a porção sul, incluindo Hebrom e Belém.
- Efraim e Manassés, descendentes de José, receberam terras no centro-norte, formando dois grupos poderosos.
- Benjamim ficou entre Judá e Efraim, em uma faixa estratégica onde depois estaria Jerusalém.
- Dã foi inicialmente localizado na costa ocidental, mas depois migrou ao norte.
- Simeão recebeu cidades dentro da região de Judá.
- Issacar, Zebulom, Naftali e Aser ficaram ao norte, próximos ao mar da Galileia e ao Mediterrâneo.
- Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés receberam terras a leste do Jordão, fora de Canaã, como exceção previamente acordada com Moisés.
A Importância Religiosa e Política
A partilha da terra não foi apenas geográfica — ela simbolizava a concretização da aliança entre Deus e Israel. Cada tribo recebeu cidades específicas, incluindo cidades levíticas e cidades de refúgio, conforme os mandamentos mosaicos. Os levitas, por sua vez, não receberam uma porção territorial, pois seu ofício era exclusivamente sacerdotal e ligado ao Tabernáculo e, mais tarde, ao Templo.
A união das tribos sob uma mesma identidade nacional, com autonomia tribal, marcou a estrutura social e política de Israel antes do período da monarquia. Porém, essa divisão também plantou as sementes para futuras tensões entre norte e sul, que culminariam na divisão do reino após Salomão.
O mapa da divisão das Doze Tribos de Israel não é apenas uma referência geográfica; ele representa a realização de uma promessa ancestral e a fundação territorial do povo hebreu. Cada fronteira, cada tribo, cada cidade designada no mapa carrega consigo séculos de história, fé, conflitos e identidade espiritual. A herança das tribos permanece como uma peça central da narrativa bíblica e do entendimento da geopolítica do Antigo Testamento.
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