🕊️ Jesus e sua última viagem a jerusalém: a entrada triunfal na páscoa
O mapa “Viagens de Jesus a Jerusalém para a Páscoa” destaca um aspecto recorrente e central nos Evangelhos: as peregrinações de Jesus à Cidade Santa durante a principal festa do calendário judaico — a Páscoa (Pessach). Entre todas essas idas a Jerusalém, a última viagem, ocorrida poucos dias antes de sua crucificação, representa um momento-chave na história do cristianismo e da fé judaico-cristã. A chamada Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém, marcada por aclamações messiânicas e por grande simbolismo religioso, é um dos acontecimentos mais significativos registrados nos Evangelhos.
Contexto Histórico e Religioso da Páscoa Judaica
A Páscoa (Pessach) comemorava a libertação dos hebreus do Egito, conforme relatado no livro do Êxodo. A festa era celebrada anualmente com peregrinações a Jerusalém, onde os judeus se reuniam no Templo para sacrificar o cordeiro pascal e lembrar-se da fidelidade de Deus. Durante o século I, Jerusalém era tomada por multidões vindas de toda a Judeia, Galileia e da Diáspora. Jesus, como judeu praticante, participou dessas peregrinações desde jovem (cf. Lucas 2:41-52) até sua vida adulta.
A Última Viagem: Da Galileia à Judeia
De acordo com os Evangelhos, especialmente os de Mateus (cap. 21), Marcos (cap. 11), Lucas (cap. 19) e João (cap. 12), Jesus partiu da Galileia em direção ao sul, passando por vilarejos e cidades como Samaria, Jericó e Betânia, até chegar às portas de Jerusalém. O mapa “Viagens de Jesus a Jerusalém para a Páscoa” permite visualizar esse percurso e entender sua importância geográfica e teológica.
A Entrada Triunfal em Jerusalém
O momento culminante da última viagem de Jesus foi sua entrada em Jerusalém montado em um jumentinho, numa clara referência à profecia messiânica de Zacarias 9:9: “Eis que o teu Rei vem a ti, justo e salvador, humilde, montado num jumento, num jumentinho, cria de jumenta.”
A multidão estendeu mantos pelo caminho, agitou ramos de palmeira e aclamou: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mateus 21:9). O ato tinha um forte significado messiânico e político, sendo interpretado por muitos como a chegada do Rei prometido que libertaria Israel.
Significados Históricos e Teológicos
- A Celebração Messiânica: A aclamação popular associava Jesus à esperança messiânica de Israel. Era o cumprimento de uma expectativa antiga de libertação, porém reinterpretada por Jesus em termos de paz e humildade, não de rebelião militar.
- A Confrontação com as Autoridades: A entrada triunfal despertou a inquietação das autoridades religiosas e políticas. A popularidade crescente de Jesus, somada à sua crítica ao Templo (cf. expulsão dos cambistas), foi vista como uma ameaça que precipitou sua prisão e julgamento.
- O Início da Paixão: A viagem para a Páscoa em Jerusalém marca o início dos eventos da Semana Santa: Última Ceia, prisão no Getsêmani, julgamento diante do Sinédrio e de Pilatos, crucificação no Gólgota e sepultamento.
Relação com o Mapa
O mapa “Viagens de Jesus a Jerusalém para a Páscoa” ajuda a localizar os principais pontos do trajeto: da Galileia ao Vale do Jordão, passando por Jericó, subindo as montanhas da Judeia até Betfagé e Betânia, e por fim, a chegada à Cidade Santa através do Monte das Oliveiras. Esses lugares ganham vida quando visualizados geograficamente, enriquecendo a compreensão do contexto físico e espiritual da jornada.
A última viagem de Jesus a Jerusalém para a Páscoa é um dos eventos centrais da narrativa cristã. Mais do que uma simples peregrinação, foi uma proclamação messiânica que desafiou estruturas religiosas e políticas, e que culminou no evento fundacional da fé cristã: a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. O mapa nos ajuda a percorrer, passo a passo, o caminho trilhado por Jesus, permitindo-nos entrar mais profundamente no drama espiritual e histórico da salvação.
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